O policial militar reformado Vivaldo Aparecido Ribeiro, primeiro peregrino a seguir pelo Ramal de São José, relatou a emoção ao comemorar o aniversário de 57 anos durante o Caminho da Fé na segunda-feira (18).
Natural de Taubaté, Vivaldo saiu de São José do Rio Preto com destino a Aparecida (SP) no penúltimo domingo (10).
O trajeto de cerca de 700 quilômetros começou na Basílica Menor de Nossa Senhora Aparecida e terminará no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Em entrevista ao G1, o peregrino afirmou que andou 206 quilômetros desde o começo da caminhada e que conseguiu chegar a Ibitinga (SP) no dia do aniversário.
“Cada aniversário é diferente. Mas poder comemorar durante o Caminho da Fé é uma emoção muito grande. Estou aproveitando o descanso para responder mensagens que recebi. Tenho um longo caminho pela frente. Ainda faltam mais de 600 quilômetros para chegar a Aparecida.”
Devoto de Nossa Senhora Aparecida, Vivaldo também contou que a caminhada ao longo desses nove dias foi tranquila. Contudo, alguns trechos foram complicados por conta da chuva.
“Peguei muito barro nesse domingo (17). Conheci diversas pessoas até agora. Esse Caminho da Fé está sendo muito emocionante. Muitas famílias estão parando para me oferecer água ou café. Aceito tudo que é de coração.”
O Caminho da Fé é um trajeto de peregrinação brasileiro inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.
O percurso conta com diversas rotas até a cidade de Aparecida. Uma delas é o novo Ramal de São José, que sai de Rio Preto e passa por Engenheiro Schmitt, Cedral, Potirendaba, Ibirá, Urupês, Vila Nova Cardoso e Novo Horizonte até chegar a Borborema.
O trecho é novo e foi instituído a partir da peregrinação de Vivaldo, o primeiro romeiro que, antes de sair de Rio Preto, organizou a viagem em planilhas e espera chegar ao destino em 15 de fevereiro. Vivaldo começou a peregrinação no domingo, 10 de janeiro.
“Vou gastar aproximadamente R$ 3,2 mil. Faço os agendamentos com as pousadas antes de sair e, a cada dois ou três dias antes da chegada, faço contato confirmando a estadia”, explica.
Ao G1, o peregrino ainda relatou que o que mais importa são as experiências vividas em cada percurso e que está fazendo o caminho por devoção à Nossa Senhora Aparecida.
“Tenho muita fé nela. Mas também estou fazendo pelas pessoas que me dão forças, que me pedem orações, que decidem fazer o caminho depois de verem minhas fotos. Então, penso que jamais posso desistir.”
“Cada caminho é um caminho. A emoção é diferente a cada trajeto. O que importa não é a quantidade de vezes em que passei pelo Caminho da Fé, mas sim como eu fiz cada um deles”, complementa.
Fonte: G1