Depois de atravessar o Brasil e viajar por quase 3 mil quilômetros, o motociclista que saiu do Piauí com destino a Penápolis (SP) concluiu a expedição depois de sete dias.
Richard Torsiano chegou ao noroeste paulista no último sábado (12) e denominou o itinerário de 2,8 mil quilômetros como “Expedição Jumeca”, que foi feito sobre uma moto de 110 cilindradas.
Na chegada a Penápolis, mesmo sob a chuva, Torsiano foi recepcionado por amigos, entre eles integrantes do “Fusqueta Clube” e do “Clube Opala de Penápolis”.
Em carreata, o grupo foi até o Santuário São Francisco de Assis como agradecimento ao padroeiro da cidade pelo sucesso da expedição.
O motociclista também foi presenteado com uma medalha do Rally dos Sertões. O reconhecimento foi dado por Du Sachs, diretor técnico do campeonato, que também participou da última etapa do itinerário, a partir de Itumbiara (GO).
Para o motociclista, a viagem foi uma oportunidade de conhecer comunidades, lugares novos e relaxar.
“Valeu muito a pena. Foi uma experiência que ficará para a vida toda. Tudo o que vi, as pessoas que encontrei, a maravilhosa sensação de estar passeando em baixa velocidade podendo contemplar a paisagem”, conta Torsiano.
“Poder interagir com as comunidades locais e viver um pouquinho do modo de vida deles é muito enriquecedor”, diz.
‘Expedição Jumeca’
Apaixonado pelas duas rodas, Torsiano sempre viajou com motos grandes. A ideia da expedição deste ano surgiu em 2019, quando ele tomou a decisão de apostar na nova experiência de viajar com uma moto tão pequena.
Segundo ele, a missão foi o seu presente de 40 anos, completados nesta sexta-feira (18).
Segundo o motociclista, a expedição surgiu como uma homenagem à história e à população nordestina, especialmente do Piauí, que viajava para o estado de São Paulo em busca de melhores condições de vida.
Torsiano conta que nas idas ao estado do Piauí percebeu o quanto as motocicletas foram revolucionárias para a população local. Segundo ele, elas representam uma transformação na mobilidade de famílias que, no passado, dependiam de jumentos e cavalos.
Em homenagem ao termo “Jumento Mecânico”, que faz referência a essa mudança, a motocicleta dele foi batizada de “Jumeca”, nome dado também à expedição.
Em entrevista ao G1, Torsiano comemorou o sucesso da viagem.
“Digo que os nordestinos são muito guerreiros. Porque eu pude fazer esse trajeto em condições até favoráveis, me alimentando bem, dormindo bem. E mesmo em cima de uma motinha de 110 cilindradas, a Jumeca, eu pude fazer no tempo necessário, parando quando possível. Esses nordestinos fizeram esse trecho todo em paus de arara e no lombo de cavalos ou jumentos”, conta.